quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Consultor diz que dinheiro pagaria 'dívidas de Dilma, Erenice e Costa'

  Portal G1
O empresário Rubnei Quícoli, de 49 anos, que acusa pessoas ligadas a ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra de tráfico de influência e cobrança de propina, disse ao G1, em entrevista na tarde desta quinta-feira (16), que parte do dinheiro que o grupo tentava arrecadar para interceder por um empréstimo junto ao BNDES tinha como objetivo saldar dívidas da candidata à Presidência Dilma Rousseff, de Erenice e do ex-ministro e candidato ao governo de Minas Gerais Hélio Costa.
Em nota, Costa diz que a denúncia é caluniosa. Dilma e Erenice também negam a acusação. E o PT informou que deseja que a Polícia Federal investigue a acusação de que o dinheiro iria para campanha. Em e-mail recebido pelo G1 às 18h, Costa divulgou a seguinte nota: "O senador Hélio Costa repele a tentativa de um indivíduo de reputação comprometida por envolvimento com roubo de carga e receptação de dinheiro falso de envolver o nome da ex-ministra Dilma Rousseff e o dele, Hélio Costa, numa denúncia caluniosa. 'A quem interessa essa calúnia a duas semanas da eleição?', questiona Costa. O senador afirma que vai processar o caluniador. Assessoria de Comunicação da coligação 'Todos Juntos por Minas'".
A ligação de Quícoli com o caso começou na parceria que ele conta ter feito há mais de dois anos com a empresa EDRB, de Campinas, para buscar interessados na construção de uma usina de energia solar. Ele disse que a proposta de pagar R$ 5 milhões para obter o empréstimo de R$ 9 bilhões do BNDES ocorreu em 2010, alguns meses após ele ter se negado a assinar um contrato com a empresa Capital, consultoria ligada a Israel e Saulo Guerra, filhos de Erenice. "O Marco Antônio (ex-diretor dos Correios) chegou para mim e falou que esses R$ 5 milhões eram para apagar o incêndio da turma, dívidas da Dilma, da Erenice e do Hélio Costa", disse.

"Depois que eu falei que não ia entregar esse dinheiro, o Israel se manifestou através do Vinícius (ex-assessor da Casa Civil) e do Marco, dizendo que, se não colocasse o dinheiro disponibilizado, que não teria mais o aporte financeiro para a EDRB. E foi exatamente isso que aconteceu." Nos últimos dias, a reportagem tenta localizar Marco Antônio, mas não obteve sucesso.

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