Uma pesquisa realizada pela Faculdade de Saúde Pública da USP (Universidade de São Paulo) mostrou que praticamente metade dos homens e mulheres com HIV reclamam que a vida sexual fica pior após serem diagnosticados com o vírus causador da Aids. As queixas, que são maiores por parte dos homens, afetam diretamente o desempenho e a frequência de suas relações sexuais.
Após avaliar questionários feitos a 250 homens e 729 mulheres, o estudo descobriu que 59% deles consideravam sua vida sexual piorou após se descobrirem com o vírus. No caso delas, esse índice foi de 41%.
Para a psicóloga Lígia Polistchuck, especialista em saúde pública e autora do estudo, como os homens em geral valorizam mais o sexo e, por isso, falam mais sobre o assunto, talvez eles reclamem mais quando ocorrem mudanças na atividade sexual.
- Os homens, de fato, têm mais parcerias sexuais, têm uma vida sexual diferenciada, e isso faz diferença [após o diagnóstico do HIV]. O estudo reafirmou o discurso hegemônico do sexo por parte do masculino.
A pesquisa mostrou também que a falta de informações e de uma melhor relação dos pacientes com os serviços de saúde são fatores que contribuem para uma vida sexual de pior qualidade.
Leo Bolanski tem 28 anos e é portador do HIV desde os 13, quando se infectou em uma relação sexual. Apesar de não enfrentar dificuldades em sua vida sexual, Bolanski convive com o problema porque orienta portadores no Centro de Testagem e Aconselhamento de Embu das Artes, cidade da Grande São Paulo.
De acordo com ele, a maioria dos portadores sofre com a vida sexual porque não sabe de que forma agir após descobrirem que são portadores do vírus.
FONTE: R7.COM
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