segunda-feira, 2 de maio de 2011

SE: Câmara de Rosário pode aprovar CPI da Saúde

A péssima qualidade dos serviços de saúde pública em Rosário do Catete tem sido um dos temas mais comuns de discussões na Câmara Municipal. Praticamente em todas as sessões, os vereadores, até mesmo da situação, têm denunciado a falta de medicamentos e materiais básicos para atendimento nos postos de saúde. A pouca infraestrutura, inadimplência com empresas terceirizadas e péssimo serviço são as principais queixas da população e dos fornecedores.Na última sessão, o vereador Helber dos Santos (PT) relatou mais uma situação de descaso ocorrida na última sexta-feira (22). Uma rosarense idosa que apresentava sintomas de apendicite, ao chegar ao posto de atendimento 24 horas, não foi atendida porque não havia médico na unidade e precisou dirigir-se a um hospital de Aracaju. Indignado, o presidente do Legislativo, Delson Leão (PSB), alegou que as falhas no gerenciamento da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) representam uma ameaça significativa à população. Para ele, é inadmissível que uma pasta que arrecade cerca de R$ 500 mil tenha tantos problemas, a exemplo da falta de medicamentos básicos para tratamento de problemas de pressão e diabetes.Na ocasião, o parlamentar sugeriu que na próxima terça-feira (03) seja aprovada pelos parlamentares a instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), com o objetivo de investigar a real situação administrativa, financeira e operacional da SMS.Delson Leão chamou a atenção que o governo federal repassa verbas para investimentos em programas de saúde no município, mas tais valores não vêm sendo devidamente aplicados. Para isso, solicitou que a atual secretária de Saúde (Amélia Passos) seja convocada a comparecer à Câmara para prestar esclarecimentos à população.Este final de semana, o Jornal da Cidade trouxe uma ampla matéria sobre o caos na saúde em Rosário. Na reportagem, a moradora Lúcia Pereira disse que seu neto está com dengue hemorrágica e, apesar da gravidade da doença, não conseguiu o medicamento na Farmácia Básica.

“É sempre assim. A gente vem atrás de remédio e não acha. Estamos entregues ao descaso”, desabafou a moradora ao Jornal da Cidade. De acordo com ela, o tratamento está sendo realizado no Hospital João Alves Filho, em Aracaju.


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