Pelo menos 10 pessoas foram mortas supostamente por policiais durante a invasão de uma casa de luxo no município de Lauro de Freitas (região metropolitana de Salvador) no início da noite de sábado. As informações oficiais da Secretaria de Segurança Pública são de que o grupo integrava uma quadrilha especializada em roubos a banco na capital e no interior do Estado.
Na tarde deste domingo, o corpo de Edilon da Silva Santos, 27 anos, foi enterrado sob protestos da família. Uma irmã de Edilon, que não quis se identificar, nega que ele tivesse envolvimento com ações criminosas.
O confronto entre os policiais e os supostos assaltantes - nove homens e uma mulher - aconteceu numa casa que tinha sido alugada há um mês, na rua Jaime Vieira Lima, em Lauro de Freitas. A casa foi invadida por policiais da Companhia de Operações Especiais (COE), comandados pelo delegado coordenador André Vieira, e houve uma intensa troca de tiros. Além dos suspeitos mortos, dois policiais saíram feridos, sem gravidade.
Uma moradora do bairro, que passava pelo local, afirmou que as pessoas que estavam na casa começaram a atirar primeiro e, em seguida, os policiais revidaram. "Teve gente tentando fugir, pulando o muro da casa. Saíram daqui quatro carros da polícia com os corpos. A sensação foi horrível", disse. Os 10 corpos, inicialmente levados para o necrotério do Hospital Menandro de Farias, em Lauro de Freitas, foram encaminhados ao Instituto Médico Legal Nina Rodrigues (IML), na capital, e nove ainda aguardam liberação.
A irmã de Edilon disse que ele telefonou para ela ainda de dentro da casa, logo após o confronto, e teria afirmado que a polícia já entrou atirando. "Ele ainda estava agonizando, pediu para chamar o advogado e a polícia, e depois perdi o contato com ele", afirmou.
Sequestros
A quadrilha estaria sendo investigada há vários meses, pela Polícia Civil, desde o crime ocorrido no mês de setembro de 2010, na cidade de Feira de Santana, quando o bando sequestrou, por seis dias, familiares do gerente de uma empresa de transporte de valores.
A quadrilha estaria sendo investigada há vários meses, pela Polícia Civil, desde o crime ocorrido no mês de setembro de 2010, na cidade de Feira de Santana, quando o bando sequestrou, por seis dias, familiares do gerente de uma empresa de transporte de valores.
Segundo a assessoria da SSP, os integrantes da quadrilha estavam reunidos para planejar o sequestro de um gerente de outra empresa de transporte de valores, localizada em Salvador. Além do gerente, também seriam sequestrados seus familiares, no intuito de facilitar o acesso à empresa. Ainda segundo as informações oficiais, um funcionário da empresa de valores instruía os comparsas sobre o funcionamento e a rotina dos dirigentes.
fonte: agência a tarde
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