Movimentos sociais e partidos políticos de esquerda lembram primeiro de maio com caminhada pelo centro de Aracaju. Mas a data escolhida pela CSP-Conlutas, Anel, Sindipetro AL/SE, Sindicagese, Sintes, Senalba, PSOL, PCB e PSTU para marcar o dia do trabalhador é o sábado, 30. A concentração acontece às 9h30 na Praça Camerino, na Avenida Barão de Maruim.Segundo Vera Lúcia, presidente estadual do PSTU, a data foi escolhida para aproveitar um momento de maior circulação de pessoas no centro da cidade. Mesmo assim, ela assegura que o dia do trabalhador não deve perder o caráter de protesto. “Não vamos fazer uma festa porque não temos o que comemorar. Pelo contrário. A cada dia, é absurdo em cima de absurdo nas costas dos trabalhadores. É salário mínimo de R$545, enquanto deputado ganha mais de R$ 20 mil. É corte de R$ 50 bilhões em áreas sociais. Enfim, o trabalhador tem mais é que protestar”, defende.Os movimentos sociais e partidos de esquerda trazem o tema da redução da jornada de trabalho sem redução de salários e perda de direitos como mote para este primeiro de maio. “Temos hoje uma jornada que foi estabelecida ainda no começo do século passado. De lá para cá, a tecnologia já avançou, a quantidade de mão-de-obra se multiplicou e continuamos com 44 horas semanais. Lula prometeu reduzir para 40h. Depois de oito anos, nada foi mudado. Exigimos que a presidente Dilma reduza a jornada de trabalho para 36h semanais, sem redução de salários e direitos”, explica Fernando Borges, diretor do Sindipetro AL/SE e membro da CSP-Conlutas.Os manifestantes pretendem fazer uma caminhada pelo Centro com destino ao calçadão da Rua João Pessoa. A oportunidade será aproveitada também para lembrar questões como a repressão aos movimentos sociais, o corte de verbas do Governo Federal em áreas sociais e situação da saúde pública em Sergipe.
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