Ao mesmo tempo em que o Sindicato dos Jornalistas de Brasília  protocolava no Senado uma representação contra o senador Roberto Requião  (PMDB-PR), que na segunda-feira, 25, tomou o gravador de um repórter e  apagou seu disco de memória, o parlamentar foi à tribuna dizer que é vítima  de "bullying" - a palavra de origem inglesa da moda, que significa o assédio e a violência de uma pessoa mais forte sobre uma mais fraca. 
 "Acho que é um momento correto para resolvermos esse problema e  acabarmos com o abuso, com esse verdadeiro bullying que sofremos, nós,  os brasileiros,  parlamentares ou não, nas mãos de uma imprensa, muitas vezes,  absolutamente provocadora e irresponsável", disse Requião no discurso. 
 Na segunda, ao entrevistar  Requião, o repórter Victor Boyadjian, da Rádio Bandeirantes, perguntou  sobre a aposentadoria de R$ 24 mil que o senador tem como ex-governador  do Paraná. Dizendo-se provocado, Requião tomou o gravador do repórter. 
 A Associação Nacional de Jornais (ANJ) criticou a atitude de Requião.  "Condenável em qualquer cidadão, o impedimento do livre exercício da  atividade jornalística foi agravado neste caso pelo fato de ter partido  de um homem público, em total desacordo com as mais básicas normas de  civilidade e da convivência democrática", diz o presidente da entidade,  Francisco Mesquita Neto. 
a tarde 

Nenhum comentário:
Postar um comentário