segunda-feira, 25 de abril de 2011

Bahia ganha fábrica para produção de amido de mandioca

Aos 46 anos, o agricultor José Brito dos Santos descobriu que mandioca não serve só para farinha e tapioca. “Até remédio faz”, surpreende-se. A Bahia, com a terceira produção do Brasil  – 3,4 milhões de toneladas em 2010 –, também está descobrindo o amido modificado. Com um investimento de R$ 30 milhões, a Aliança Cooperativa do Amido está implantando em Lage a Bahiamido, primeira indústria do tipo no Nordeste. Em outubro, entra em atividade o primeiro dos quatro módulos de produção – cada um com capacidade de produzir 50 mil toneladas por ano e gerar renda para 2,5 mil pessoas.
Na próxima sexta-feira, será realizado um dia de campo no local, onde possíveis clientes irão conhecer o projeto. Existem negociações encaminhadas com empresas do ramo alimentício e indústrias de cosméticos de Feira de Santana e Salvador. A expectativa é que os primeiros acordos de compromissos e cartas de intenções sejam assinados durante a visita.
Logo no primeiro módulo de produção da Bahiamido, a Aliança, projetada pela Fundação Odebrecht, vai começar a redesenhar o mapa da produção de amido modificado no País. Hoje, 90% da produção está em um raio de 300 quilômetros a partir da cidade de Paranavaí, no Paraná, Estado que responde por  70,8% da produção, de acordo com dados da Associação Brasileira do Amido de Mandioca (Abam).
A microrregião de Santo Antônio de Jesus foi escolhida para abrigar o projeto da Aliança Cooperativa do Amido por conta da alta produção de mandioca. A área responde por 20% da produção baiana, de acordo com o Censo Agropecuário do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e, vale lembrar, uma das cidades – Nazaré das Farinhas – leva no nome o mais tradicional produto da mandioca. 
 
 
a tarde

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