O Policial Civil Paulo Roberto Lins de Jesus, 48, foi assaltado por seis homens na noite de ontem. A ocorrência só foi registrada na Delegacia Plantonista por volta das 4h52 desta quarta-feira. Assim que descobriram que se tratava de policial civil, os assaltantes o torturaram, utilizando porretes de madeira, e ainda o amarram com cordas, o mantiveram dentro do veículo de propriedade da própria vítima e lançaram o carro num rio, que passa pelo Aloc. Além de todos os documentos, inclusive, contra-cheque, os assaltantes roubaram a pistola .40, da Secretaria de Estado da Segurança Pública, que o policial portava.
O assalto teve início por volta das 23h no Conjunto Augusto Franco, quando o policial saía de um estabelecimento comercial, de sua propriedade. No momento, três homens se aproximaram, todos armados, e anunciaram o assalto, enquanto outros três ocupavam um outro veículo. O policial confessa que teve vontade de reagir, mas desistiu, atendendo apelo de uma mulher que o acompanhava, filha da proprietária do imóvel, por ele alugado para instalar a casa comercial.De acordo com a própria vítima, em conversa com o Portal Infonet, os assaltantes perceberam logo que se tratava de policial devido ao adesivo da SSP pregado no parabrisa do veículo. O policial reconhece como equívoco o hábito de exibir o adesivo em seu carro particular. Ele confessa que, no primeiro momento, sentiu vontade de reagir, mas desistiu atendendo os apelos da garota (identidade mantida em sigilo) uma vez que um dos homens, com arma em punho, a segurava. “Não reagi porque pensei nela, que é uma pessoa nova. Se eu reagisse ali, eles atirariam primeira contra ela”, diz Paulo Roberto.Segundo relatou, a tortura e o medo o apavoraram durante aproximadamente uma hora e meia. “Em 29 anos prestando serviços à Secretaria da Segurança Pública, na polícia técnica, nunca pensei em passar por isso. Graças a Deus sobrevivi e estou aqui contando a história”, desabafou o policial. Mesmo amarrado, ele conseguiu sair do veículo, que estava no meio do rio. “O pior é que o rio já estava enchendo, mas graças a Deus eu consegui sair do carro ainda amarrado”, contou. As características da violência, o levam a acreditar que se trata de crime premeditado.A vítima informa que os homens não usavam capuz, mas ele só conseguiu visualizar os três que o acompanharam. Quando renderam o policial, os três assaltantes o empurraram no banco traseiro do Corsa de placa JPG 4068, licença de Salvador, Estado da Bahia, e seguiram rumo ao Aloc, onde o policial sofreu as maiores torturas. O policial se apresentará ainda nesta manhã ao secretário João Eloy, da Segurança Pública, para esclarecer a ocorrência.
fonte: infonet
Nenhum comentário:
Postar um comentário