Após 115 dias de sofrimento e luta pela sobrevivência, o pequeno Andrew Araújo, 1 ano e 7 meses, não resistiu e morreu na madrugada de quinta-feira no Hospital Federal de Bonsucesso (HFB) por insuficiência respiratória. Ele havia sido submetido a transplante de fígado um mês atrás, depois de ficar 86 dias na fila. Ao informar sobre a morte, ontem, o Ministério da Saúde também anunciou que o serviço de transplante de fígado no HFB voltou a funcionar, com a contratação de novos anestesistas.
Como O DIA mostra desde 3 de fevereiro, as cirurgias estavam paralisadas por falta de anestesistas especializados em transplantes no hospital. Andrew, por exemplo, só foi operado graças a convênio emergencial que o Ministério da Saúde fez com profissionais do Hospital Sírio Libanês (SP). A doadora foi sua própria mãe, Márcia Rocha, 36, que, na esperança de salvar a vida do filho, deu parte de seu órgão a ele.
"Não vou mais ver meu menino crescer. Fiz tudo que pude, dei todo meu amor, mas amanhã, quando eu acordar, ele não vai mais estar aqui", lamentou a mãe, emocionada. "Já sabíamos que nosso filho estava grave, mas acreditávamos na recuperação", desabafou o pai, Adailton Francisco.
Segundo a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos, o risco de morte até um ano após o transplante de fígado é de 25%. No HFB, esse índice é de 16%, devido à excelência da equipe. A morte de Andrew comoveu os médicos. "Não há remédio que cure essa dor", desabafou o coordenador da equipe de transplante de fígado do HFB, Lúcio Pacheco. Ele explicou que um coágulo cerebral foi responsável pelas complicações pós-cirúrgicas de Andrew.
Mais duas cirurgias
"Depois que fizemos o transplante, Andrew ficou em observação por alguns dias. Retiramos a sedação, como fazemos normalmente, para desentubá-lo. Ele teve convulsão. Fizemos tomografia e identificamos o coágulo. Ele teve que passar por nova cirurgia", disse Lúcio. O menino também desenvolveu pneumonia por ficar muito tempo no respirador. E um novo coágulo, na barriga, fez com que fosse submetido a outra cirurgia quarta-feira.
"Andrew estava com prejuízo de várias funções por causa do problema no fígado: coagulação, produção de plaquetas, metabolização de hormônios e até pulmão", esclareceu Lúcio. "Os médicos fizeram o melhor. Mas perdemos nosso menino", disse Adailton. O enterro será hoje de manhã no Cemitério de Austin.
Profissionais temporários
O serviço de transplantes de fígado do HFB voltou a funcionar com sete anestesistas na equipe ¿ alguns contratados temporariamente pela Fiotec (Fiocruz) e outros transferidos de diferentes unidades. Segundo o Ministério da Saúde, o contrato tem prazo de 180 dias, mas pode ser prorrogado.
Paralelamente, o ministério também fez outro convênio com o Hospital Sírio Libanês (São Paulo) para capacitar 24 anestesistas em transplantes de fígado.
De acordo com o diretor do Departamento de Gestão Hospitalar do Núcleo do Ministério da Saúde no Rio, João Marcelo Ramalho, o objetivo é formar três equipes com oito anestesistas até o final do ano. Até agora, 20 anestesistas se inscreveram para a capacitação. O curso, entretanto, ainda não tem data para começar.
Como O DIA mostra desde 3 de fevereiro, as cirurgias estavam paralisadas por falta de anestesistas especializados em transplantes no hospital. Andrew, por exemplo, só foi operado graças a convênio emergencial que o Ministério da Saúde fez com profissionais do Hospital Sírio Libanês (SP). A doadora foi sua própria mãe, Márcia Rocha, 36, que, na esperança de salvar a vida do filho, deu parte de seu órgão a ele.
"Não vou mais ver meu menino crescer. Fiz tudo que pude, dei todo meu amor, mas amanhã, quando eu acordar, ele não vai mais estar aqui", lamentou a mãe, emocionada. "Já sabíamos que nosso filho estava grave, mas acreditávamos na recuperação", desabafou o pai, Adailton Francisco.
Segundo a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos, o risco de morte até um ano após o transplante de fígado é de 25%. No HFB, esse índice é de 16%, devido à excelência da equipe. A morte de Andrew comoveu os médicos. "Não há remédio que cure essa dor", desabafou o coordenador da equipe de transplante de fígado do HFB, Lúcio Pacheco. Ele explicou que um coágulo cerebral foi responsável pelas complicações pós-cirúrgicas de Andrew.
Mais duas cirurgias
"Depois que fizemos o transplante, Andrew ficou em observação por alguns dias. Retiramos a sedação, como fazemos normalmente, para desentubá-lo. Ele teve convulsão. Fizemos tomografia e identificamos o coágulo. Ele teve que passar por nova cirurgia", disse Lúcio. O menino também desenvolveu pneumonia por ficar muito tempo no respirador. E um novo coágulo, na barriga, fez com que fosse submetido a outra cirurgia quarta-feira.
"Andrew estava com prejuízo de várias funções por causa do problema no fígado: coagulação, produção de plaquetas, metabolização de hormônios e até pulmão", esclareceu Lúcio. "Os médicos fizeram o melhor. Mas perdemos nosso menino", disse Adailton. O enterro será hoje de manhã no Cemitério de Austin.
Profissionais temporários
O serviço de transplantes de fígado do HFB voltou a funcionar com sete anestesistas na equipe ¿ alguns contratados temporariamente pela Fiotec (Fiocruz) e outros transferidos de diferentes unidades. Segundo o Ministério da Saúde, o contrato tem prazo de 180 dias, mas pode ser prorrogado.
Paralelamente, o ministério também fez outro convênio com o Hospital Sírio Libanês (São Paulo) para capacitar 24 anestesistas em transplantes de fígado.
De acordo com o diretor do Departamento de Gestão Hospitalar do Núcleo do Ministério da Saúde no Rio, João Marcelo Ramalho, o objetivo é formar três equipes com oito anestesistas até o final do ano. Até agora, 20 anestesistas se inscreveram para a capacitação. O curso, entretanto, ainda não tem data para começar.
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