A Polícia Federal cumpre na manhã desta quarta-feira 12 mandados de prisão preventiva e 30 mandados de busca e apreensão, resultados de uma operação que investiga uma quadrilha que desviou ao menos R$ 120 milhões da Previdência. Segundo a PF, o grupo teria em seu poder centenas de cartões de benefícios previdenciários e alterava dados dos segurados, tornando-os "imortais".
O operação, chamada "Highlander", é feita em conjunto pela Delegacia de Polícia Federal em Niterói (RJ) e pelo Ministério da Previdência Social. As investigações começaram em 2009, a partir de uma denúncia anônima, e envolveram 135 agentes da Policia Federal.
A PF descobriu que as fraudes ocorreram entre 1983 e 1994, antes da informatização do INSS. A quadrilha criava beneficiários fictícios, por meio do reaproveitamento de benefícios já cessados e a manipulação de seus dados. Eles alteravam periodicamente as datas de nascimento dos segurados, perpetuando a existência do segurado "fantasma" e, por consequência, o próprio benefício.
O prejuízo causado à Previdência Social foi calculado em cerca de R$ 600 mil mensais, considerando-se apenas os benefícios ativos. Retroagindo-se os valores apenas a 1994, sem contabilizar juros e correção monetária, a quadrilha causou um prejuízo estimado em mais de R$ 120 milhões.
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