O presidente americano, Barack Obama, afirmou nesta sexta-feira que o futuro do Egito "deve ser decidido pelo povo" em um processo de transição que deve começar "imediatamente" e promover eleições "limpas e imparciais". Em declarações após entrevista coletiva junto ao primeiro-ministro canadense, Stephen Harper, Obama reiterou que os episódios de violência ocorridos no país nos últimos dias -- como ataques a jornalistas e ativistas de direitos humanos-- são "inaceitáveis".
Centenas de milhares foram às ruas do Cairo e de outras cidades exigindo a saída de Mubarak, que está há quase 30 anos no poder. O principal centro dos protestos é a praça Tahrir, no centro da capital.
"O futuro do Egito será decidido pelo povo do egípcio. Em virtude do que vem acontecendo nos últimos dias, estamos certos de que somente a transição solucionará a crise. Um retorno ao regime não resolverá, a opressão não resolverá", afirmou.
Obama condenou ainda os ataques da quinta-feira a ativistas de direitos humanos e jornalistas estrangeiros. Disse que a transição e as reformas a serem implementadas no país devem ser verdadeiras para que surtam efeito. "Incluir a oposição assim como todos os outros partidos políticos é essencial", afirmou.
Segundo Obama, os egípcios devem decidir como o processo de transição se desenvolverá, através de consultas que já começaram, mas as conversas "devem ser significativas, incluir uma representação ampla e resolver reivindicações" da sociedade civil. Ele afirmou ainda que os EUA "observam a situação" e mantêm consultas com representantes egípcios para garantir que a transição seja "significativa".
Na coletiva, Obama voltou a pressionar o ditador egípcio a atender ao chamado do povo por uma ordenada transição de poder naquele país. Ele disse ainda esperar que Hosni Mubarak --há quase 30 anos no poder-- "tome a decisão certa". "Eu sugeri a ele que [Mubarak] precisa consultar aqueles que estão ao seu redor, escutar o povo egípcio e tomar uma decisão sobre o futuro. Espero que ele tome a decisão certa", disse.
fonte: folha.com
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