terça-feira, 12 de abril de 2011

ECONOMIA: Planos de saúde investem em rede própria de atendimento

A partir de maio, os clientes individuais de planos de saúde na Região Metropolitana de Salvador (RMS) contam com mais uma operadora que possui rede própria de atendimento. Com a proposta de controlar melhor o atendimento aos usuários, a Hapvida promete oferecer preços 30% mais baixos, em média, que  similares no mercado.
Na Bahia, redes como a Promédica e o Santa Saúde são os principais operadores com rede própria de atendimento. O conselho do Procon – para quem usa planos com rede própria, ou com rede credenciada – é o de não admitir limitações no atendimento em nenhum caso.
O superintendente do Hapvida na Bahia, Gelson Milano, diz que a rede própria não interfere no trabalho médico. “Nós temos o controle total da gestão da saúde”, explica. Neste caso, complementa, o plano de saúde ganha  financeiramente em  escala. Este ano, o Hapvida pretende expandir a rede de atendimento e passar dos 35 mil usuários em Salvador para 120 mil.
“As regras não servem para inibir o que a pessoa precisa receber de assistência médica, mas garantir para o paciente que ele receba aquilo que precisa receber”, explica em relação aos protocolos e regras de conduta  a serem cumpridas pelos profissionais de saúde. “O que é um plano de saúde? É um modelo em que muitos pagam para uma instituição que assiste alguns”, afirma.
Depois de usar planos com rede credenciada por muitos anos, a funcionária de uma empresa de logística, Rita de Cássia Passos, 46 anos, estranhou o atendimento da Hapvida. “Eu vou precisar ir para Fortaleza fazer um cateterismo. Preferia que fosse aqui”, lamenta.
Para piorar, diz a filha, Natália Passos, a paciente recebeu alta do Hospital Teresa de Lisieux, operado pelo plano de saúde, e ainda não sabe quando a viagem vai ser realizada.“O médico informou que minha mãe precisa fazer o exame, que corre risco de sofrer outro infarto, mas temos que esperar entre 10 e 15 dias pela liberação do plano” reclama Natália. Preocupada, ela diz que fez o orçamento do procedimento na rede particular, mas o custo foge à realidade delas. “Me cobraram R$ 10 mil”, diz.
De acordo com a direção do Hospital Teresa de Lisieux, o translado para o hospital do plano em Fortaleza é feito apenas para pacientes que apresentem condições clínicas de viajar.
Limitações - Para a diretora de atendimento e orientação ao consumidor do Procon-Ba, Adriana Meneses, qualquer caso de restrição ao atendimento, feita pelo plano de saúde é lesiva ao consumidor. “Só quem pode dizer se um procedimento é necessário é o médico”, avisa.
Segundo ela, o órgão já ingressou com ações na Bahia contra limitações de exames como ultrassonografia para gestantes. “Tem plano que limita a dois por ano, mas a paciente tem o direito de recorrer à justiça”, recomenda.
Na hora de escolher o plano de saúde, avisa Adriana, o consumidor precisa ver bem o contrato e checar a regularidade da empresa na Agência Nacional de Saúde (ANS). 


fonte: a tarde online

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