Presos pela PM dizem que venderam arma do massacre por R$ 260

Dois homens foram presos pela Polícia Militar, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Eles confessaram que são os principais intermediários da venda de uma das armas usadas por Wellington Menezes de Oliveira, de 24 anos, que matou pelo menos 12 crianças na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, Zona Oeste da cidade. O revólver calibre 32 custou R$ 260 e cada um teria recebido R$ 30 de comissão.

Policiais do 21º BPM (São João de Meriti) detiveram o chaveiro Charles Souza dos Santos, 39 anos, e o desempregado Isaías da Silva, após informações de que a dupla havia negociado a arma com Wellington Menezes de Oliveira.

Os PMs souberam através de informações que Wellington era conhecido pelos dois detidos como Sheik e que Isaías e Charles foram flagrados conversando que "a arma que vendemos para Sheik estava bem afiadinha".

Em depoimento os dois afirmaram que as armas teriam sido vendidas por um terceiro homem, que consta na DH como desaparecido ou morto. A DH vai pedir a prisão dos dois.

Atentado
Um homem matou pelo menos 12 estudantes a tiros ao invadir a Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro, na manhã do dia 7 de abril. Wellington Menezes de Oliveira, 24 anos, era ex-aluno da instituição de ensino e, segundo a polícia, se suicidou logo após o atentado. O atirador portava duas armas e utilizava dispositivos para recarregar os revólveres rapidamente. As vítimas tinham entre 12 e 14 anos. Outras 18 ficaram feridas.

Wellington entrou no local alegando ser palestrante. Ele se dirigiu até uma sala de aula e passou a atirar na cabeça de alunos. A ação só foi interrompida com a chegada de um sargento da Polícia Militar, que estava a duas quadras da escola quando foi acionado. Ele conseguiu acertar o atirador, que se matou em seguida. Em uma carta, Wellington não deu razões para o ataque - apenas pediu perdão de Deus e que nenhuma pessoa "impura" tocasse em seu corpo. 

fonte: terra