A Polícia Civil prendeu nesta quinta-feira o pedreiro Mauro Alves de Freitas, 46 anos, que dizia ser pastor evangélico e delegado de polícia em Presidente Prudente (a 565 km de São Paulo). Ele usava em seu carro particular uma sirene e um sinal luminoso, que identificam viaturas oficiais. O pedreiro foi indiciado por estelionato, pois teria realizado transações com cheques sem fundos.
A localização do falso delegado aconteceu depois que um credor, com medo de cobrá-lo, procurou a Delegacia Seccional de Polícia Civil de Presidente Prudente e queixou-se ao delegado seccional, afirmando que o "doutor Freitas" tinha uma dívida com ele. O credor afirmou ter feito alguns empréstimos ao suposto delegado e que ainda teria comprado em seu nome os pneus novos para o carro de Mauro, que pagou a dívida com vários cheques sem fundos.
Ao receber a queixa, o delegado seccional identificou o golpe, pois na delegacia que o falso oficial dizia trabalhar não existia nenhum "doutor Freitas". Durante as investigações, a polícia descobriu que o pedreiro vivia com uma mulher que havia conhecido em uma igreja evangélica na zona rural da cidade.
A mulher contou que vivia com Mauro havia algum tempo e que chegou a ligar para a delegacia quando precisou falar com ele, mas um funcionário disse que não havia nenhum delegado chamado Freitas. "Ele disse que ordenou que nenhum funcionário desse informações, já que ele trabalhava em investigações sigilosas", disse a mulher.
Após ser detido pela polícia, o pedreiro confessou a falsidade: "eu conheci ela no culto da igreja e disse que, além de pastor, era oficial de Justiça e segurança de um juiz. Passamos a viver juntos e para manter o status e eu disse que havia passado no concurso para delegado. Como ela contava a todos, inclusive na igreja, não tive mais como desmentir", disse ele.
A Polícia Civil apreendeu uma carteira com distintivo policial, várias carteiras de detetive, a sirene e o sinal luminoso que ele usava no carro. O falso delegado deverá responder por crime de estelionato e pode pegar até cinco anos de prisão.
fonte: cícero affonso
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