quarta-feira, 6 de abril de 2011

BAHIA: Médicos param em protesto contra planos

Os médicos baianos irão suspender nesta quinta-feira, 7, o atendimento ambulatorial de todos os planos e operadoras de saúde. Somente as unidades de emergência irão manter  o funcionamento normal, de acordo com a Associação Baiana de Medicina (ABM) e o Sindicato dos Médicos (Sindimédicos), que aposta em adesão maciça da categoria ao protesto que vai durar 24h.
Eles querem melhorar os honorários, acabar com a interferência das empresas na autonomia da categoria e mais participação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) na regulação entre os planos e os prestadores de serviço.
No próximo dia 14 será a vez da categoria se reunir para discutir a situação do atendimento na rede pública estadual. Neste segundo caso, a tendência é de uma greve, que pode atingir o atendimento de emergência, de acordo com o presidente do Sindimédicos, José Cayres. “A mensagem que já está sendo passada para a sociedade é que nós vamos ter que parar para acertar as coisas”, avisa.
Prejuízos - Segundo o presidente do Sindimédicos, quem tinha consultas marcadas para quinta nem precisa sair de casa. “Nossa indicação foi para que ninguém aceitasse marcar nada amanhã”, diz, ressaltando que, apesar de eventuais transtornos, os médicos estariam lutando para oferecer o melhor aos usuários dos serviços. “Nós temos que mostrar para a sociedade que alguma coisa está errada nesta história”, apela Cayres.
De acordo com informe nacional divulgado pela Associação Baiana de Medicina, a paralisação de quinta não deverá causar prejuízos para os 45 milhões de usuários no Brasil. “Os atendimentos de urgência e emergência estão garantidos, sendo que apenas os procedimentos eletivos (consultas, exames, etc) deverão ser transferidos para outra data”, informa a ABM.
Ainda assim, os usuários dos planos que se sentirem prejudicados podem recorrer à Justiça, na avaliação do presidente do Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de Consumo (Ibedec), José Geraldo Tardin. Segundo ele, a forma de protesto escolhida pelos profissionais fere o Código de Defesa do Consumidor. “Quem pagar deve exigir o recibo do pagamento. Aqueles que se socorrerem na rede pública, que guardem algum documento”, recomenda.
Além da ampla adesão em Salvador, os médicos devem suspender as atividades em Feira de Santana, Barreiras, Itabuna, Ilhéus e Vitória da Conquista.  A estimativa é que a paralisação atinja 160 mil profissionais em todo o Brasil. Os médicos reclamam, principalmente, da interferência das operadoras na autonomia de trabalho.
A ANS informou que reconhece a legitimidade do movimento dos médicos, mas destacou a necessidade de que as ações não prejudiquem o atendimento. 


fonte: a tarde online

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