As movimentações a respeito do reajuste do salário mínimo se intensificam nesta terça-feira (15), em Brasília. A apenas um dia da votação da proposta do Executivo sobre a política do mínimo no plenário do Congresso, o ministro das Relações Internacionais, Luiz Sérgio, reúne-se na manhã de hoje com parlamentares da base aliada na Câmara dos Deputados.
Na sequência, haverá um almoço apenas com os líderes na Casa e, às 15h, está prevista uma sessão aberta em formato de comissão geral para debater o tema com a participação do ministro da Fazenda, Guido Mantega.
Paralelamente, a Força Sindical e a CUT (Central Única dos Trabalhadores) prometem reunir centenas de manifestantes dentro e fora do Congresso para pressionar os parlamentares a alcançar o valor de R$ 580. O governo quer que o mínimo fique em R$ 545.
A Força Sindical pretende reunir cerca de 500 pessoas entre sindicalistas, militantes, representantes do MST (Movimento dos Sem-Terra) e da UNE (União Nacional dos Estudantes), que irão se dividir entre a ala das comissões e o Salão Verde. Já a CUT estima contar com a presença de 200 dirigentes na manifestação, que devem se concentrar a partir das 14h na portaria dos anexos 2 e 4 da Câmara.
Reunião com Dilma
As conversas desta terça são precedidas por uma reunião da presidente da República, Dilma Rousseff, ministros e o líder do governo na Câmara, o deputado Cândido Vaccarezza, nesta segunda-feira (14), quando foi reafirmado o apoio dos parlamentares da base do governo para que a “votação saia sem surpresas”, com a aprovação do reajuste do salário mínimo dos atuais R$ 510 para R$ 545.
“Da semana passada até hoje [segunda], aumentou o apoio aos R$ 545. O PCdoB fez uma reunião e definiu o apoio. O PDT abriu a discussão interna entre eles. O PSB avançou na definição dos R$ 545 e eu posso adiantar pra vocês que o PT, o PMDB, o PR, o PTB já estão bastante definidos. No caso do PT, sem nenhuma discussão interna de outro valor que não seja esse”, afirmou Vaccarezza.
Na sessão extraordinária desta quarta-feira (16), a votação do projeto do mínimo vai “furar” a pauta das sessões trancada por MPs (medidas provisórias) e será a primeira a ser analisada em plenário. Logo depois, está prevista a votação nominal de duas emendas, a do PSDB, que pede R$ 600 para o mínimo, e a do DEM, que eleva o valor para R$ 560.
“A proposta do governo é muito coerente com a política que vem desde o governo Lula e tem dado certo. Acredito que não teremos problema em aprová-la nesta semana”, avaliou o peemedebista Henrique Eduardo Alves.
fonte: folha.com
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