Contas de energia elétrica atrasadas desde dezembro passado levaram a Coelba a determinar o corte da energia nos prédios da Secretaria da Segurança Pública em algumas cidades baianas. Nem todas as ordens de suspensão do fornecimento foram cumpridas, porque policiais reagiram e os funcionários de empresas terceirizadas que fazem o serviço tiveram medo de acabar presos.
No final da manhã desta quinta, negociação entre empresa e governo suspendeu os cortes. Os valores devidos não foram informados pela empresa ou pelo Estado da Bahia.
Em Itamaraju, três órgãos do governo do Estado – delegacia, Departamento de Polícia Técnica (DPT) e 24ª Coordenadoria Regional de Trânsito – estavam passíveis de ter a energia cortada, pois havia quatro contas que não foram pagas.
Na manhã de quarta, 23, um preposto de uma empresa terceirizada da Coelba, Péricles Alves de Oliveira, chegou a ir ao prédio onde funcionam os três órgãos para fazer o corte do fornecimento de energia, mas foi impedido pelo delegado Gean Nascimento. “Se a energia fosse cortada, o prejuízo maior seria no Instituto Médico Legal, onde cinco corpos encontrados em estado de putrefação estão na geladeira”.
Em Ipirá, na região de Feira de Santana, o corte seria feito nesta quinta, mas de acordo com a coordenadoria regional de Polícia Civil, o delegado argumentou e conseguiu um prazo de tolerânca. Em Feira de Santana, a interrupção ocorreu na madrugada na Decargas (especializada em roubo de cargas ) e em seguida na 2ª Delegacia.
A situação mais grave foi contornada quando um policial evitou a falta de luz nas delegacias, na carceragem com cerca de 100 presos e no Serviço de Atendimento Policial, onde diariamente pelo menos 60 pessoas prestam queixas.
fonte: a tarde online
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