segunda-feira, 28 de março de 2011

SE: Prevenção do uso de drogas nas escolas

Jovens experimentam drogas cada vez mais cedo e a escola é o lugar mais associado ao seu consumo, de acordo com Pesquisa realizada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Na perspectiva de contribuir com a prevenção ao uso de substâncias psicoativas entre o público adolescente através do uso de ferramentas da comunicação, o Instituto Recriando dará início na próxima segunda-feira, 28, às atividades do Projeto RefletIR. A iniciativa é executada com o patrocínio do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) de Aracaju, através do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente e com o apoio da Secretaria Municipal de Educação (Semed) de Aracaju.
O projeto irá realizar a formação em educomunicação através de oficinas de rádio e mídia impressa para 50 adolescentes estudantes das Escolas Municipais Anízio Teixeira, no bairro Atalaia, e Laonte Gama, no Santa Maria. Os encontros acontecerão às segundas-feiras, na EMEF Anízio Teixira, e às sextas-feiras na EMEF Laonte Gama, sempre das 7h às 11h20. Durante a execução das oficinas, os educandos irão participar de palestras, debates e dinâmicas reflexivas que os estimule a ter uma visão mais ampliada sobre o uso e o tráfico de drogas, seus impactos a curto e longo prazo, além de alertar para as conseqüências que essas substâncias podem trazer para o indivíduo, para a família e para a comunidade.
Ao final das oficinas, os meninos e meninas produzirão peças midiáticas como spots e fanzines, que serão disseminados nas escolas da rede pública municipal de Aracaju. O RefletIR prevê que os educandos elaborem, sob a supervisão de um profissional de comunicação visual, cartazes com mensagens de prevenção ao uso de drogas, que serão distribuídos em unidades escolares e em espaços públicos de mobilização social ligados à promoção e garantia dos direitos da criança e do adolescente. A proposta é causar maior impacto das ações do projeto por meio da mobilização da comunidade escolar para a prevenção ao uso de drogas. Assim, mais do que aprender técnicas de comunicação, os educandos serão estimulados a exercer sua participação social e incidir politicamente na comunidade em que vivem de maneira construtiva e ética, tornando-se multiplicadores e mobilizadores sociais.
Paralelamente às oficinas de educomunicação, será realizada a formação de educadores da rede pública municipal de Aracaju como forma de potencializar as ações desenvolvidas junto aos estudantes. As formações irão intercalar palestras sobre temas ligados à drogadição e formação em técnicas de comunicação, através de oficinas de mídia impressa e rádio. A proposta é que estes profissionais disseminem a metodologia da educomunicação aplicada à prevenção do uso de substâncias psicoativas nas escolas de forma transversal, produzindo peças de comunicação com seus respectivos alunos.
Dentro da programação dos encontros, será realizado o Seminário “Formação de Educadores para a Prevenção do Uso de Drogas” voltado para profissionais que atuam na rede formal de ensino como forma de provocar reflexão nos educadores acerca das ações que já foram executadas na rede oficial de ensino, pensar estratégias de atuação e modos de obter um maior envolvimento da comunidade escolar e repensar seu papel enquanto agente formador do público infanto-juvenil.
Outro foco do projeto é centrado na mobilização social e no fomento ao debate público aprofundado sobre o tema, sobretudo através da mídia. A ideia é que por meio do envio de pautas, sejam propostas à imprensa local abordagens sobre a temática da drogadição que não se detenham apenas a denúncias de tráfico, do consumo em locais públicos e atos violentos decorridos do uso de substâncias psicoativas, mas que leve em consideração o problema como um fenômeno social que repercute em diversos setores da sociedade, a exemplo da saúde, orçamento público, trabalho infantil, rendimento e evasão escolar e convívio familiar. Ao aprofundar a abordagem, a mídia poderá contribuir com a prevenção e o enfrentamento ao problema através do exercício do controle social, ou seja, de cobrar a elaboração e implementação de políticas públicas de prevenção, especialmente voltadas para o público infanto-juvenil, mais vulnerável à influência do meio devido à sua característica peculiar de sujeito em desenvolvimento.

fonte: emsergipe.com

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