Duas mulheres que foram vítimas de um sequestro relâmpago na Orla de Atalaia durante o final de semana contam os momentos de desespero que passaram ao serem abordadas por três bandidos armados. O medo e temendo represálias por parte dos bandidos, que continuam soltos, as vítimas preferem não ter os nomes divulgados. Elas prestaram depoimento na manhã desta segunda-feira, 28, no Complexo de Operações Policiais Especiais (Cope).
O fato ocorreu na última sexta-feira, 25, quando as duas amigas que são moradoras do bairro Atalaia, estavam fazendo exercícios físicos na Orla por volta das 19h. De acordo com uma das vítimas o fato ocorreu quando voltavam para casa na rua Niceu Dantas. A mulher ainda muito abalada conta que três homens estavam em um veículo modelo Fiat Uno de cor branca.
“O carro parou e fomos jogadas para dentro, foi tudo muito rápido. Com bastante violência eles gritavam pedindo o cartão e perguntando qual o banco que erramos correntista”, conta a vítima, que relata que após serem colocadas dentro do veículo, foram espancadas tiveram as roupas rasgadas e ameaçadas.
“Após sair da Atalaia, eles tomaram como destino a avenida Francisco Porto e logo depois foram parar no Santo Antônio, pareciam que tinham se perdido. Eles tinham sotaque de baianos e eram muito violentos”, conta a mulher que descreve os bandidos como sendo um moreno alto, outro galego e um outro aparentando ter cerca de 50 anos.
“Eles chegaram a retirar o anel da minha amiga e pedir que ela engolisse isso porque eles achavam que não era um anel de ouro. Nesse momento ela começou a passar mal, então gritei, foi ai que levei um soco no estomago”.
A mulher lembra que após sofrer muita tortura, os bandidos as libertaram na saída de capital. “Pedimos socorro a muitos motoristas que estavam passando no local, mas ninguém parava, foi então que caminhamos até um posto de combustível e chegando lá chamaram a polícia que nos levou para o Hospital João Alves”, descreve.
Por Kátia Susanna
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