A Justiça decretou a quebra do sigilo bancário e telefônico do médico cardiologista José Ricardo Campos de Souza, 32 anos, acusado de ser o mandante da morte do próprio pai, o aposentado Isnard Costa de Souza, 73, assassinado a pauladas, no dia 20 de novembro, no Corredor da Vitória. A polícia tentou cumprir o mandado de prisão proferido na quarta-feira, 16, contra o médico, mas ele não foi localizado.
O juiz Ernani Garcia Rosa, titular da 2ª Vara Sumariante do Júri, determinou ainda o bloqueio das contas bancárias de José Ricardo. A equipe de A TARDE tentou entrar em contato com o cardiologista, em sua residência, por telefone, mas ele não foi localizado. O advogado dele, o criminalista Fernando Santana Rocha, preferiu não se manifestar sobre as acusações contra seu cliente.
O médico teve a prisão preventiva decretada pela Justiça a pedido do promotor Davi Gallo Barouh. O membro do Ministério Público da Bahia (MP-BA) representou pela prisão de José Ricardo baseado no depoimento do pintor Luciano Bonfim Alves, que revelou em depoimento à polícia ter sido contratado pelo cardiologista para assassinar o aposentado Isnard, que pretendia receber um seguro de vida de R$ 1,3 milhão.
O juiz decretou a quebra do sigilo telefônico de dois números de telefones celulares pertencentes a José Ricardo, além do celular do pintor. A Justiça quer saber se o cardiologista telefonou para Luciano, pouco depois de ele cometer o crime, como o pintor contou em depoimento prestado à polícia.
Já a quebra de sigilo bancário de José Ricardo foi decretada para verificar se o cardiologista sacou R$ 3 mil de sua conta bancária para pagar Luciano pelo assassinato do pai, como revelou o pintor, durante interrogatório policial. O juiz Ernani Garcia Rosa pediu que o Banco Central forneça os extratos bancários dos meses de novembro e dezembro de 2010, de todas as contas bancárias em nome do médico.
O magistrado também determinou o bloqueio das contas do acusado para evitar que ele use seus recursos financeiros para dificultar o cumprimento da lei e o andamento da instrução criminal, usando dinheiro para permanecer em paredeiro desconhecido da Justiça.
A divisão de capturas da Coordenação de Polícia Interestadual (Polinter), órgão da Polícia Civil, recebeu um mandado de prisão contra o médico, no final da tarde de quarta, segundo esclareceu a delegada Marlene Ferreira Santos, coordenadora interina da unidade. A delegada revelou apenas que a polícia estava tentando localizar o paradeiro de José Ricardo.
fonte: a tarde online
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