quinta-feira, 17 de março de 2011

SE: Fraude em Brejo Grande provoca prejuízo milionário

Na manhã desta quarta-feira, 16, agentes da Polícia Federal passaram mais de duas horas dentro do apartamento do prefeito do Município de Brejo Grande, Carlos Augusto Ferreira. No prédio de luxo localizado no bairro Jardins, zona sul da capital, os agentes recolheram vários malotes contendo documentos.
O delegado Daniel Horta, que estava na operação, deixou o local sem falar com a imprensa, mas adiantou que todas as informações sobre um esquema fraudulento de licitações no município serão passadas na tarde desta quarta, na sede da Polícia Federal.
De acordo com a PF, as investigações que terminaram no cumprimento de cinco mandados de busca e apreensão e cinco de condução coercitiva nas cidades de Aracaju, Nossa Senhora do Socorro e Brejo Grande, foram iniciadas há dois meses.
Algumas pessoas que foram conduzidas à sede da PF acompanhadas pelos agentes federais
O delegado Márcio Alberto
não falaram com a imprensa. O advogado da federação dos municípios do Baixo São Francisco, Adalício Norbeck, foi até a sede da PF, mas não conseguiu informações a respeito do processo.
O chefe de operações da PF, delegado Márcio Alberto, preferiu não adiantar as informações que serão passadas daqui a pouco, mas garantiu que os agentes continuam atuando na operação e outras pessoas podem ser conduzidas a sede do órgão para prestar esclarecimentos.
Esquema
A informação da PF é que todos os mandados foram expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região,
Vários malotes foram recolhidos
em Recife
. Durante os trabalhos investigativos o setor de inteligência da PF constatou irregularidades em licitações e procedimentos de dispensa de licitação para construção de obras públicas de Brejo Grande.
As fraudes eram cometidas de duas formas. Em uma primeira modalidade, eram montadas licitações na modalidade convite com participação de uma empresa real e outras duas empresas fantasmas; no segundo tipo de fraude, aproveitou-se a decretação de estado de emergência no Município para dispensar licitação e contratar diretamente empresa fantasma que subempreitou a obra a uma outra empresa, mediante pagamento de propina. Um prejuízo de mais de R$ 2 milhões e 400 mil.

Por Kátia Susanna

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